ESPELHO DE NARCISO
Procurei-me
em teu espelho
e vi Narciso morto,
e já era feio
o que antes reluzia
a poesia do encantamento.
E eu ali não me refletia
tal qual em outra luz
de outro dia.
Era apenas o pó
de uma imagem
que já não havia.
E nos teus olhos
onde por um tempo habitei,
nada de mim ficou,
nada de mim,
do que era amor,
brotou naquele reflexo
de lança afiada.
O engano da poesia
se cristalizou
no espelho de tantas mentiras.
E Narciso furou os olhos,
maculando a imagem
agora feia, torpe,
do que um dia chamamos amor.
Procurei-me
em teu espelho
e vi Narciso morto,
e já era feio
o que antes reluzia
a poesia do encantamento.
E eu ali não me refletia
tal qual em outra luz
de outro dia.
Era apenas o pó
de uma imagem
que já não havia.
E nos teus olhos
onde por um tempo habitei,
nada de mim ficou,
nada de mim,
do que era amor,
brotou naquele reflexo
de lança afiada.
O engano da poesia
se cristalizou
no espelho de tantas mentiras.
E Narciso furou os olhos,
maculando a imagem
agora feia, torpe,
do que um dia chamamos amor.
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