
AVISO AOS DE FORA
Deixem que minha vida siga em passos lentos
como o velório que sobe a ladeira.
Que meus dias
desfraldem remendados
como os trapos dos varais da pobreza.
De mim não queiram nada,
a não ser a poesia calma,
plantada nesses olhos tristes.
Deixem que a minha vida tome o seu rumo.
O rumo do rio que segue o mesmo leito sempre,
mas nunca é o mesmo por onde passa.
Em minha aldeia vivem homens descrentes da vida
e meninos embalados pela canção da esperança
de uma vida que se renova sempre.
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